sábado, novembro 16, 2013

8º FIQ-BH 2013 (Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte)

Só mesmo a FIQ para trazer de volta as atividades deste moribundo blog. Como falei na última postagem, do final de 2012, produzir durante o período de tese seria difícil, senão quase impossível como de fato se mostrou, mas já finalizei a tese desde Julho desse ano e a volta das atividades desse blog estavam precisando de um empurrãozinho.

Vamos aos comentários sobre o FIQ-BH: Para mim não há menor dúvida de que a FIQ é o maior festival de quadrinhos brasileiro, é a Comic-Con nacional (o Estadão o reconhece). Já fui em outros eventos em Brasília e aqui mesmo em BH, nenhum se compara. Não pude ir aos RioComicon, mas vi os vários videos que foram divulgados sobre o evento, me pareceu muito bom, mas não do tamanho da FIQ. O homenageado desse ano é o cartunista Laerte e o sítio do Estado de Minas traz variadas informações sobre o evento e sua programação. Admira-me que fora de BH os meios de comunicação do país lhe dêem tão pouca atenção.

Esse ano o FIQ trouxe algumas novidades interessantes, em primeiro lugar, a organização do evento até que enfim decidiu aproveitar melhor o espaço da Serraria Souza Pinto, nos eventos anteriores a disposição aproveitada em formato de um L invertido, o visitante podia começar a visitar os stands pela sua esquerda e seguir para o fundo do espaço da serraria contornando à direita e vendo os stands do fundo. No espaço fora dos stands havia os cubos com exposições diversas. Então, esse ano eles decidiram acertadamente aproveitar o espaço à direita, ficou algo mais parecido com este 'm' aqui (na verdade há alguns espaços de circulação na segunda e terceira perna do m). Isto permitiu ao evento apresentar muito mais coisa ao mesmo tempo, por exemplo, o stand da Comix ficou à direita, também à direita ficaram stands dos dependentes, Webcomix e o pessoal de Vitória, não lembro que nome do stand. Enfim, deu pra mostrar muita coisa ali. Ficou muito bom, aproveitaram muito melhor o espaço, mas acho que o formato de 'U' invertido talvez pudesse ser ainda melhor para dar mais espaço, pois ontem o evento estava bem cheio.

No meio havia os aquários onde o pesosal fazia revistas ao vivo, Há um pequeno jornal chamado 'ParaTodos' que está sendo editado e impresso diariamente durante o evento, na foto aí do lado eu estou com ele debaixo do braço.

Outra muito boa novidade foi o convite que fizeram para os produtores independentes postarem seus trabalhos nas mesas, o espaço ficou ainda melhor do que nas edições anteriores, pois há mesas tanto na esquerda quanto na direita para as pessoas conversarem com os quadrinistas. Eu tenho de admitir que eu estava relacionado em uma dessas mesas e não sabia. Por volta de Agosto ou Setembro desse ano (não me lembro bem) a organização do Festival fez uma grande chamada para os autores colocarem seus trabalhos na programação. Essa chamada saiu na página do evento e tudo. Eu mandei falando que lançaria A.T.U.M. #5 na esperança que houvesse tempo de terminar a revista, caso selecionado, o número de vagas era limitado e tudo. Pois então, não chegou nenhum comunicado, e-mail, nada, falando que tinha sido selecionado, então achei que não tinha. Cheguei no evento nem sabia que a A.T.U.M. #5 estava lá relacionada. Olha aí na página 7 da programação. Eu peço desculpas para os poucos que procuraram pela A.T.U.M. #5, mas ela não ficou pronta, e fiquei sabendo ontem que foi relacionada na programação. Aguardem que em breve divulgarei aqui sobre novo número. No mais, nem em 2009, quando tive stand, a A.T.U.M.  aparecia na programação, e agora que aparece não estou lá nas mesas. Enfim, coisas da vida.

Uma das coisas legais das mesas de autores independentes foi ter conversado com o Luciano Salles, o Luciano foi notícia do início deste ano pois decidiu largar tudo para se dedicar aos quadrinhos, e acho que ele fez a escolha certa o trabalho dele é muito profissional, em breve lerei o quadrinho dele para dar opinião sobre o roteiro, mas sobre a arte não tenho dúvidas que é um dos nomes mais interessantes da cena atual. Muito legal tambem foi a conversa com Camilo Solano que estava na mesa ao lado. Do Camilo eu já consegui ler a curta 'Onde Eu Tavo', essa histórinha é mais um cartão de visitas, ele conta uma história engraçada que aconteceu com ele, Camilo disse se inspirar muito no trabalho do Harvey Pekar famoso por colocar sua vida nos quadrinhos. A outra HQ do Camilo, Inspiração, que também comprei, tem uma introdução onde ele conta isso.

Super disputado estava o stand da Pandemônio, ficou cheio quase a tarde inteira e também pelo começo da noite quando deixei o evento. A primeira vez que fiquei conhecendo o grupo foi no evento passado em 2011. Eles reúnem um coletivo de quadrinistas de diversas linhas. Ano passado foi destaque o lançamento do "Achados e Perdidos", muito legal também (comprei lá), foi encontrar a coleção de tirinhas do peixe Oswaldo. Esse ano não sei se havia trabalho novo do Daniel Pinheiro lá. Encontrei foi o trabalho do Lucas Libanio, amigo e professor do INAP que lançou uma coletânea de tirinhas do Hans Grotz, já não era sem tempo.

O Hans Grotz é um caminhoneiro brucutu mas com um toque de classe. Aí do lado está a capa do trabalho do Lucas e logo abaixo uma foto com o autor. O Hanz Grotz fez até uma ponta na A.T.U.M. #3, ele é o personagem que dirige o caminhão pau-de-arara que leva Edu Caray para o Maranhão (ao lado a capa da HQ e o Hans desenhado pelo próprio artista e aí embaixo há o Hanz Grotz no meu traço na página 17 da A.T.U.M. 3). Ainda tinha uma sacola ecológica com vários desenhos do Lucas. O Felipe Assumpção tava lançando Botamen 3 no stand da Casa dos Quadrinhos, não consegui passar lá no momento do lançamento, mas tentarei ainda conseguir um exemplar. Comprei mais algumas revistas interessantes na Pandemônio Comix, depois falarei delas aqui no blog.

Além dos stands e exposições o evento oferece palestras com os autores. Hoje começa nesse exatoGeorge Perez um dos grandes convidados internacionais do evento, tentarei pegar um autógrafo, mas sei que essas coisas são super disputadas. A coisa é organizada, qualquer um pode tirar uma senha para assistir as palestras, mas tem que correr pois algumas senhas para palestras disputadas acabam rápido. É um pouco por isso que estou tentando abrir mão de ir nas palestras no evento esse ano: filas demais. O melhor é tentar conversar com o pessoal nos stands, tomando um chop da Backer ou em outros locais. No mais, por conta de trabalho não pude ir desde quarta-feira, ir logo no começo é a melhor dica para conferir as exposições com calma.

Bom, é sempre bom ir na FIQ, rever velhos e novos amigos, e também econtrar aqueles "artistas" que não dão a mínima pro público... em certo momentos dá um certo cansaço em como alguns profissionais do ramo se acham, mas isso acontece, tem em todo lugar. Hoje vou tentar passar lá de novo para conferir o que tá pegando e para ver se encontro mais gente legal e participar de JAM sessions (deveria haver mais, ontem desenhei ao lado do artista do Congo Jeremy Nsingi em uma página com a participação de vários artistas). Por enquanto essas são minhas dicas do evento, ainda temos mais dois dias, aproveitem!

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