domingo, abril 01, 2007

Byte Me


Byte me

Que dias esses onde não se ouve mais um verbo

Não se escuta mais um verso

Só há a correria veloz

A tempestade atroz, o tec-tec monótono

Qual é a desse mundo

Não escuta dos seus filhos o grito

Só se importa com o último agito

Cérebro estático, sorumbático e infecundo

Agora mesmo estou mudo

Pouco mudo de dentro do recinto

Nada faço para mudar a realidade apesar de toda dor que sinto

Sem contar que morro a cada segundo

São muitos de mim sepultados no passado

Sem te ter minha carne frige

Sem calor minha pele rije

E assim minhas mãos morrem nas frias covas do teclado

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