Há muito avanço no reconhecimento do mérito das HQ's. Cada vez mais vemos a mídia tratando o tema com responsabilidade. Entretanto, ainda assim, os rótulos fáceis continuam pegajosos. Desde ontem, no feriado do dia 2, acontece em São Paulo o 13° Fest Comix. O Jornal Hoje da Globo apresentou uma matéria que cobria parcialmente o evento: "Universo dos Quadrinhos". A matéria fala da interessante e crescente fatia feminina no mercado e aborda o fenomeno social do cosplay, já de algum tempo, muito comum aqui em Belo Horizonte (e acho que na maioria das capitais, já que em Brasília também havia). A moda é mais comum entre as meninas na faixa etária de 13 a 17 anos, mas há alguns "loucos" da mesma faixa etária que também se vestem de acordo com os carácteres masculinos dos mangás.
Enfim, é muito bom novos leitores. Não sou, particularmente, leitor assíduo de mangás, mas já li alguns que eram realmente de histórias muito boas, outros que eram fracos. Creio que no geral possuem a vantagem muito grande da identificação e imersão na leitura. Tanto que os leitores querem ser a personagem das historinhas. O link para ver a matéria:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM750461-7823-MENINAS+SE+FANTASIAM+DAS+PERSONAGENS+DE+QUADRINHOS,00.html
O quadro do Jornal Hoje cobriu parcialmente o evento e cuidou melhor de dizer o que é o fenomeno. Mas fiquei pensando o quão freak e adolescente é essa coisa de quadrinhos e mangá para quem tá de fora.
Um observador desinteressado pode dizer: "coisas de adolescentes". Bom, é contra essa visão estigmatizada que alguns quadrinistas lutam. Acho essa segmentação ruim para a formação do mercado. Quadrinistas que pensam no futuro desse meio de entretenimento se esforçam para mostrar o que mais os quadrinhos podem ser e trazer.
De todo modo a máxima: "falem bem ou falem mal, mas falem de mim!" cai como uma luva. Ainda é vantajoso ver antes algo no Jornal de alcance nacional do que nenhuma nota.
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