sábado, dezembro 22, 2007

Remember the 3 R's: Reduce, Re-use, Recycle

O “Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço” é um dos principais problemas éticos da Humanidade. Qual é a responsabilidade de cobrança daquele que não faz a sua parte? Qual o peso entre as partes? Neste mês de Dezembro países das nações Unidas se reuniram para discutir temas da segunda etapa do protocolo de Kyoto. Como sempre, o Brasil cobra dos países desenvolvidos menor emissão de gases poluentes, no entanto, continuamos desperdiçando. Se não fizermos nossa parte não teremos moral para cobrar nada que seja. A questão principal é o nosso desmatamento na Amazônia. Mesmo internamente há uma disputa entre o Sudeste com uma dita “consciência ecológica” e os madeireiros e agricultores do Amazonas, "irresponsáveis". Qual a moral o sul do Brasil tem para cobrar do Norte?

Creio que se fizermos uma enquete nas principais capitais do país do tipo: “Vc. é a favor ou contra o desmatamento da Amazônia?”. Encontraremos uma percentagem de 80% a 90% contra. Entretanto, logo depois de responder ao questionamento o sujeito pega seu carro e se dirige ao engarrafamento mais próximo. Para quem está longe é muito fácil cobrar o não desmatamento da Amazônia e, sem dúvida, podemos observar inúmeras pessoas que são coerentes na sua exigência, ou seja, pedem o não desmatamento da floresta e fazem sua parte por aqui, não poluindo também.

A racionalidade econômica é o ‘x’ dessa questão, um plano ideal contra o desmatamento da selva amazônica tem de obrigatoriamente considerar esses fatores. A bem ver, o que se deve fazer é trazer os custos, que estão no futuro, nas próximas gerações, para o presente, fazer com que os madeireiros arquem por destruir árvores nativas. É necessário investir muito dinheiro na região. O Greenpeace, junto com outras ONG’s pela preservação do Meio-Ambiente, possui o projeto de Desmatamento Zero para a Amazônia: www.greenpeace.org.br/desmatamentozero, a idéia é investir um bilhão de reais por ano para a região para repreender o desmatamento.

Não conheço o projeto, mas tenho uma sugestão aos formuladores: “Mais dinheiro!” Como sabemos, a biodiversidade e os benefícios de uma Amazônia intacta são bem maiores do que os meros um bilhão de reais/ano. A opinião pública mundial é a favor da preservação, é possível cooptar recursos internacionais. E uma das coisas que os economistas do meio ambiente estimam muito na hora de resolver esses problemas é a definição de claros direitos de propriedade: Se a Floresta é um patrimônio de todos os brasileiros, o seu desmatamento deve custar o preço desse prejuízo através de multa. A sanção já existe, porém subestima o valor da floresta, além de ser a fiscalização um dos principais problemas.

Para a fiscalização tenho outra sugestão: Sabe-se que para uma mata como a Amazônica a fiscalização por terra é ineficiente. O controle do desmatamento tem que ocorrer pelo céu. Satélites já são capazes de mostrar em relativo curto espaço de tempo os desmatamentos da floresta, essas informações são rápidas e precisas. É possível usar o satélite para calcular o tamanho da área devastada. Para dar o flagrante nos destruidores é possível usar a frota de aviões da FAB, os modernos super-tucanos da Embraer, são equipados de radares e equipamentos para repreensão, são verdadeiros caças da floresta, têm autonomia de vôo a baixas altitudes e conseguem pousar em terrenos onde a pista de pouso é precária. Além desses, a FAB possui outros aparelhos do projeto SIVAM, que inclui alguns quesitos de proteção ambiental. É preciso reforçar essa característica.

Porém, novamente o peso das responsabilidades: “Quanto é permitido poluir para preservar?”; “Zero?”; “Qual o balanço?”. Pensando sobre os aviões:

Não parece, pq não vemos a fumaça, mas os aviões são veículos altamente poluidores da atmosfera, vilões maiores do que os carros, devido a quantidade de combustíveis que queimam em cada viagem. Concluímos que todos nós poluímos. Será que fazemos nossa parte a ponto de podermos cobrar daqueles que destroem a floresta? Optamos pelos meios mais eficientes de economizar energia? Reciclamos nosso Lixo? Deixamos de usar o carro sempre que possível? Acho que para cobrar é preciso ser coerente, há pessoas que realmente se esforçam por adotar medidas mais ecológicas. A consciência sobre isso está crescendo. Quanto mais fizermos nossa parte, melhor poderemos estabelecer sobre nossas responsabilidades. Está aberto o debate ético: o quanto cada um de nós faz a ponto de poder cobrar?

Entre para o abaixo assinado do Greenpeace:

www.greanpeace.org.br/desmatamentozero

Pequenas dicas:
  • Desde Julho desse ano uso o site de busca alterado do google: www.blackle.com, é a minha página principal. A cor do site é preta porque, pelo estudo, um monitor com a tela preta consome 15/watts por segundo a menos do que a tela em branco. Baseado numa pesquisa da Universidade de Berkley.

  • Evitar o Stand By. Desligue os aparelhos, tire-os da tomada quando o stand by é automático.
  • Use pilhas recarregáveis. Pesquisadores da UFMG descobriram um modo de tornar as pilhas comuns biodegradáveis. Consiste em abri-las e neutralizar a parte química. Mas ainda é muito caro fazer isso em larga escala. Portanto guarde as pilhas comuns para o dia em que a técnica estiver disponível. Retorne sua bateria de celulares nos postos.
  • Economize papel de impressão e recarregue seus cartuchos. De preferências às tintas que não agridam o meio-ambiente quando possível. E o papel reciclável é bom. Para quadrinhos é excelente, é mais barato. Não tive a idéia antes do primeiro número, nenhuma gráfica me lembrou ou sugeriu, mas estou pensando em fazer a A.T.U.M. n°2 em papel reciclável.
  • Ande mais a pé. Aproveite sua cidade. Opte por meios públicos de transporte quando possível. Não vá na onda desses carros ecológicos, que de ecológicos e off-road não tem nada.
  • Cuide do seu Lixo! Vai ver que muita coisa pode ser reciclada e reaproveitada.
  • Evite os sacos plásticos dos supermercados. Uma dica é levar os seus de casa. E usar só aqueles. Estimule o uso de sacos de papel. Porém esse lance dos sacos plásticos é difícil. A Maioria de nós está acostumado a separar o lixo nesses próprios sacos. Eu ainda não faço essa dica de levar os sacos plásticos : -x
  • Por fim, peço sempre o Bom Senso. Todas estas questões são um “trade-off”. Por exemplo eu ainda não coloquei o fundo preto na tela do meu blog, porque acho que atrapalha a leitura. Quero usar tons mais escuros, mas o padrão disponível é ruim para um blog de desenhos.

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