domingo, outubro 21, 2007

6° Dia do Festival Internacional de Quadrinhos de BH

Voltei pra casa com a sensação de que já posso morrer feliz! Quando se descobre pronto para partir a vida fica mais plena. A aceitação de que o esforço que se faz agora é o nosso máximo e é o melhor que conseguimos e de que a continuação não importa, pois a realização está no fazer, no saber que viveu. A única coisa que cada um de nós podemos requisitar da vida é que realmente a tenhamos vivido. "My Way" ou "Travessia" traduzem isso que sinto, um tom melancólico? Deve ser o vinho, o fim do Festival... Posso dizer com certeza que foi a melhor edição do FIQ que já houve. Talvez seja apenas o cansaço de ter viajado ontem durante duas horas dirigindo para chegar a comemoração da defesa do meu primo, dormir só as 3:30 da manhã e voltar ainda hoje pela manhã para o almoço na casa do pai de minha amada Cecília, as 14:00 da tarde. Sair de lá as 16:00 para passar no último dia do Festival. Mando aqui um abraço à Maria Inês que fez um dos elogios e comentários mais legais à nossa revista. Sem falar a excelente impressão que me deixou na conversa, ela percebeu uns lances que a maioria das pessoas está passando batido, além do principal: ter achado divertido pra caramba! Maria Inês, obrigado pela sensibilidade.


O apagar das luzes do festival (apagar das luzes mesmo, faltou luz por alguns segundos) foi com o bate-papo entre os irmãos gêmeos dos 10 paezinhos, Fábio Moon e Gabriel Bá, que começaram como fanzineiros. Os dois falaram coisas muito interessantes, a platéia estava composta pela maioria adolescentes, todos atentos. Concordei com a visão de trabalho, de mercado e dedicação dos dois autores, discussão sobre o que funciona, porque dá certo uma historinha, como batalhar, o que falta no mercado editorial brasileiro etc. Só acho que eles se alongavam muito nas respostas, trazem bastante informação, mas deixa o bate-papo um pouco cansativo, ainda mais como último evento. A última ATUM do FIQ foi para os dois. Que autografaram uma edição mais antiga que tenho da "O Girassol e a Lua".

Já saindo do evento deixei mais uma ATUM com o joão da Umbigo e com a que me disse ser a Priscila, moça interessante que parecia ser de São Paulo, embora tenha me dito que era de todos os lugares. Os dois iam para uma mostra de cinema espanhol no Palácio das Artes. Os acompanhei em uma conversa sobre quadrinhos, porém estava quebrado demais para aguentar uma sessão de cinema e fila.

Valeu a pena! Espero que todos que tenham lido a ATUM tenham gostado, aguardamos também as críticas. Não sei se vai haver próximo número, não precisa haver próximo, é que nem a vida, não precisa do próximo dia, mas se hover será uma dádiva. Mas há pessoas que nos estimulam a continuar e essas são as que nos importam. Um grande abraço!

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